Doenças psicossomáticas: O que é, sintomas e tratamento

Bem-estar Equilíbrio
25 de Agosto, 2020
Doenças psicossomáticas: O que é, sintomas e tratamento

O estado emocional e psíquico pode influenciar não só a saúde mental, como também a saúde física, causando dores e até mesmo desenvolvendo doenças. Esse processo é conhecido como doenças psicossomáticas.

Também chamada de somatização, a condição psicológica leva a sintomas físicos, muitas vezes sem qualquer explicação médica, podendo afetar quase qualquer parte do corpo. “Pessoas com o transtorno tendem a procurar atendimento médico frequente, ficando frustradas sem nenhum diagnóstico”, explica Rosangela Sampaio, escritora e apresentadora do programa Mulheres Em Flow.

Assim, o transtorno de sintomas somáticos é comum e ocorre em cerca de 5% a 7% da população em geral. De acordo com a especialista, as mulheres têm dor somática cerca de 10 vezes mais do que os homens, mas ainda não se sabe o por quê.

Ela pode ocorrer como resultado do nosso corpo tentando lutar contra o estresse emocional e psicológico. Com isso, aparecem também sintomas físicos, afetando principalmente os sistemas digestivo, nervoso e reprodutivo.

Apesar de muitas vezes estar relacionada a condições psicológicas, as causas da somatização ainda são incertas. Contudo, a genética também pode contribuir para o desenvolvimento do distúrbio.

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Sintomas das doenças psicossomáticas

O distúrbio psicossomático pode afetar quase qualquer parte do corpo e, na maioria das vezes, as pessoas acabam acreditando que os sintomas são resultantes de alguma doença. Por isso, é importante estar atento aos sinais:

  • Fadiga;
  • Insônia;
  • Dores (musculares ou nas costas);
  • Pressão alta (hipertensão);
  • Problemas para respirar (dispnéia ou falta de ar);
  • Indigestão (dor de estômago);
  • Dores de cabeça e enxaquecas;
  • Disfunção erétil (impotência);
  • Erupção cutânea (dermatite);
  • Úlceras estomacais (úlcera péptica).

“Além do próprio sintoma somático, o indivíduo com transtorno psicossomático costuma ficar com raiva ou irritado porque acredita que suas necessidades médicas não estão sendo atendidas. Fica deprimido e/ou ansioso, e acha (precisa) que deve visitar os profissionais de saúde com frequência, muitas vezes pulando de um médico para outro, com dificuldades de funcionamento no trabalho, na escola ou socialmente”, ressalta Rosangela.

Causas

Apesar de não ter uma causa exata, a psicóloga afirma que estudos descobriram possíveis causas que podem tornar as pessoas mais propensas a ter sintomas somáticos:

  • Estilo de vida caótico;
  • Dificuldade em reconhecer e expressar emoções;
  • Negligência na infância;
  • Histórico de abuso sexual;
  • Outras condições psicológicas, como depressão ou transtornos de personalidade;
  • Abuso de substâncias (como alcoolismo ou dependência de drogas);
  • Desemprego.

Tratamento

Geralmente, quando surgem sintomas específicos as pessoas tendem a buscar ajuda médica e pensar que é algo grave. Dessa forma, um profissional de saúde pode começar a diagnosticar o distúrbio psicossomático com base no histórico de visitas aos profissionais de saúde, exame físico, uma série de resultados negativos em testes e os sintomas. Porém, quando não há qualquer problema somático, o médico deve encaminhar o paciente a um profissional de saúde mental, para uma avaliação psicológica.

O tratamento utilizado irá depender do caso e da abordagem do profissional. Mas, na maioria das vezes a terapia cognitiva comportamental e terapias alternativas (acupuntura, terapia floral, etc) podem ajudar a aliviar os sintomas associados aos transtornos das doenças psicossomáticas.

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Dicas para evitar as doenças psicossomáticas

O mais importante para evitar a somatização é reduzir e gerenciar o estresse. Sendo assim, veja abaixo as dicas da psicóloga Rosangela Sampaio:

  • Seja realista sobre o que você pode e não pode controlar: estabeleça limites para reduzir a pressão sobre você (erros dos outros, sentimentos, ideia, comportamentos ou esforços dos outros, palavras e ações de terceiros etc.);
  • Exercite-se regularmente: é um recurso fundamental, visto que melhora a autoestima, proporciona sensação de calma e bem-estar, além de diminuir os riscos de doenças físicas e transtornos psicológicos;
  • Durma o suficiente: não ter um sono de qualidade pode trazer várias consequências. Portanto, tenha estratégias que visam otimizar mecanismos internos e orientar o organismo sobre o momento de dormir e despertar são essenciais;
  • Crie um diário para aumentar a consciência de seus pensamentos e sentimentos: a escrita terapêutica é uma excelente alternativa para nutrir a autoestima;
  • Limite o álcool e evite fumar: são substâncias que agridem o sistema nervoso central, ou seja, limitar ou excluir o uso melhora o sono, humor, capacidade cognitiva de motora etc.
  • Mantenha uma dieta e peso saudáveis: ajuda a manter as taxas de glicose equilibradas e o humor mais estável;
    Medite ou pratique o relaxamento muscular progressivo: ajudam a manter a saúde mental, diminuindo a produção de hormônios ligados ao estresse.

Fonte: Rosangela Sampaio, escritora e apresentadora do programa Mulheres Em Flow.

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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