Outubro Rosa: Exercícios físicos para prevenir doenças

Bem-estar Movimento
01 de Outubro, 2020
Outubro Rosa: Exercícios físicos para prevenir doenças

O que a obesidade e o sedentarismo têm a ver com o Outubro Rosa? Muita coisa! Estar acima do peso e não praticar atividades físicas estão associados à probabilidade de  desenvolver diversos tipos de problemas de saúde, incluindo câncer. 

Estudos mostram, por exemplo, que entre 900 mil adultos, os que se mantinham com IMC em torno de 40, que é considerado Obesidade Grau III, resultaram em uma média de taxa de morte  de 57% maior que em pessoas com IMC menor que 24,9, o que é considerado normal. 

Isso no leva a entender um pouco dos fatores relacionados ao estilo de vida e como podem influenciar na saúde. Ou seja, ter hábitos mais saudáveis é uma maneira eficaz de nos tornarmos pessoas com mais qualidade de vida e ainda de reduzir as chances de desenvolvermos diversas doenças. 

Há alguns anos, a recomendação para pacientes com câncer e outras doenças crônicas era de permanecer com o máximo de repouso possível. Cessando, assim, toda prática de exercício físico na rotina.

Atualmente, sabemos que a atividade física possui um papel essencial na prevenção, promoção e reabilitação de saúde. Dessa maneira, muitas diretrizes empregadas antigamente já caíram em desuso. Hoje já se prescrevem exercícios para quase todos os casos. 

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Para prevenir e manter a saúde no Outubro Rosa e além

O Outubro Rosa tem com um dos objetivos conscientizar que exercício físico pode ser empregado de diversas formas para prevenir o surgimento de doenças e manter nossa saúde em dia. 

Assim, a recomendação atual da Organização Mundial da Saúde é de que se faça, no mínimo, 75 minutos de atividade vigorosa ou 150 minutos de atividade moderada por semana. Outras recomendações, como a da American College of Sports Medicine, sugerem um padrão mais específico de atividades que combinem componentes que trabalhem mais o sistema cardiorrespiratório com exercícios de força. 

As evidências científicas mostram que praticar exercício físico auxilia a regular níveis hormonais. E esse é um dos principais fatores responsáveis pela relação da menor incidência de câncer nos camundongos submetidos aos estudos. Alguns estudos com seres humanos já mostram resultados semelhantes. Então, é importante agir com cautela. 

Durante o tratamento e após vencer um câncer

Assim como o tratamento para o câncer varia de paciente para paciente, o exercício também não deve ser aplicado igualmente em todos os casos. Ainda assim, existe uma grande quantidade de evidências que nos levam a entender que o engajamento em atividades físicas pode ser benéfico para pacientes acometidos por essa doença. Alguns dos benefícios relatados em estudos são:

  • Aumento da capacidade funcional;
  • Redução da fadiga;
  • Diminuição da depressão;
  • Melhora dos padrões de sono;
  • Melhora geral da qualidade de vida.

Para reabilitação, no entanto, entramos em outro panorama. A melhora do condicionamento físico após enfrentar o tratamento é um dos principais efeitos mencionados pelos pacientes. Já que o nível de atividade reduz bastante no pré-diagnóstico e durante o tratamento, o que leva a um redução do nível de condicionamento.

 Além disso, conseguimos experimentar logo nas primeiras semanas de exercício após o tratamento completo, uma suavização ou até completa reversão dos sintomas causados pela intervenção.  

Nesse sentido, manter-se em movimento é relevante a fim de reduzir o impacto que tem o tratamento no organismo do indivíduo, já que todo o processo não afeta só o físico, mas também sua saúde emocional e mental. 

A segurança, sobretudo, é fundamental. Hoje, a Sociedade Americana de Fisiologia aponta que exercícios progressivos, de moderada intensidade, e alguns para membros superiores são seguros para quem venceu o câncer de mama. No entanto, é necessário ter cautela com o levantamento e carregamento de peso. 

Por fim, um profissional de educação física é necessário para prescrição adequada dos exercícios de maneira que contemple a necessidade individual de cada paciente, para que sejam beneficiados pelos resultados da prática. 

Sobre o autor

Leticia Gaspar
Formada em Educação Física na UNIFESP, desenvolve pesquisas socioculturais na faculdade e tem experiência com modalidades para condicionamento e emagrecimento com adultos e idosos.

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