Quando ser egoísta pode ser uma coisa positiva?

Bem-estar Equilíbrio
10 de Fevereiro, 2020
Lívia Barbosa Alves de Souza
Revisado por
Psicóloga • CRP 01/22261
Quando ser egoísta pode ser uma coisa positiva?

O egoísmo é descrito como priorizar apenas a si mesmo, agir em prol somente de seus interesses e ignorar o fato de que esse comportamento pode muitas vezes magoar as pessoas. Mas quando ser egoísta pode ser uma coisa positiva? Será que existe essa possibilidade?

O egoísmo passa despercebido em relações superficiais, mas é facilmente sentido em relações mais íntimas. Em um relacionamento com o egoísta, por exemplo, não há troca, reciprocidade e nem retroalimentação. Além disso, está ligado com o ato de pensar/agir exclusivamente pensando em si mesmo, como se o outro não existisse, agindo apenas em benefício próprio.

Diferença entre o autocuidado e o egoísmo

Portanto, existe uma grande diferença entre o autocuidado e o egoísmo. Isso porque o autocuidado é o investimento/comprometimento que temos em cuidar de nós mesmos. É buscar equilíbrio e qualidade de vida.

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O amor próprio está ligado ao autorrespeito, preservação. Não significa desrespeitar o outro, mas, sim, dar prioridade a si mesmo. É optar por seus valores e necessidades, com respeito e verdade.

Acontece muitas vezes também de as mulheres se sentirem culpadas ao se colocarem em primeiro lugar. O papel da mulher é ambivalente em nossa sociedade. Por um lado, esperamos que a mulher tenha uma carreira sólida, invista na sua formação, por outro, ainda é esperado e cobrado a figura da mulher dedicada à família, aos cuidados do lar, filhos (maternidade).

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“Essa ambiguidade acaba sobrecarregando a mulher moderna e gerando sentimentos de culpa, principalmente quando ela dá prioridade às suas necessidades, uma vez que ainda está arraigada em nossa sociedade a valorização da mulher cuidadora, mãe-esposa e dedicada ao lar” explica a psicóloga Dolores Pinheiro Fernandez.

Quando o egoísmo pode ser positivo?

Segundo a especialista, o egoísmo é positivo quando promove saúde, bem-estar físico e emocional, atendendo às necessidades do indivíduo, em favor de seu crescimento pessoal ou profissional, de maneira ética e respeitosa aos valores da sociedade onde vivemos.

Assim, ser egoísta é permitido e necessário em situações que temos que decidir cuidar de nós mesmos, e nos colocar em primeiro lugar. 

Um bom exemplo são relacionamentos disfuncionais, em que precisamos aprender a dizer não, ou até mesmo nos afastarmos de algumas pessoas em prol do nosso bem-estar, ou também quando há relação com excesso de trabalho. 

Diante disso, se você não pretende ser egoísta de uma forma negativa, o equilíbrio é essencial. 

“Daí a importância da terapia e do autoconhecimento, para reconhecermos nossas necessidades e prioridades e aprender a dizer não, de maneira assertiva, sem desmerecer ou desrespeitar aqueles que nos rodeiam.” complementa a psicóloga.

Fonte: Dolores Pinheiro Fernandez, psicóloga.

Sobre o autor

Julia Moraes
Jornalista e repórter da Vitat. Especialista em fitness, saúde mental e emocional.

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