Dieta sem glúten: o que é, como fazer e cardápio

Alimentação Bem-estar
06 de Fevereiro, 2023
Dieta sem glúten: o que é, como fazer e cardápio

A dieta sem glúten é uma estratégia alimentar geralmente adotada por pessoas com doença celíaca, sensibilidade ao glúten, glúten ataxia e é indicada também para quem sofre com a Síndrome do Intestino Irritável (SII). Seus benefícios incluem a diminuição de todos os sintomas dessas condições, trazendo assim uma melhor qualidade de vida para os pacientes. Saiba tudo sobre o assunto:

O que é a dieta sem glúten?

Na dieta sem glúten (ou glúten-free), é necessário substituir os alimentos que contenham o composto por produtos sem essa proteína, como é o caso do arroz e seus derivados (farinha de arroz), milho e seus derivados (farinha de milho, fubá e amido de milho), batata (fécula de batata) e mandioca (farinha de mandioca, polvilho azedo, polvilho doce).

No começo, a adoção dessa estratégia alimentar pode ser um pouco complicada, uma vez que o glúten está presente em alimentos comuns do dia a dia brasileiro, como pães, massas e bolos. Mas a boa notícia é que já existem no mercado opções acessíveis que não levam a substância.

Mas, afinal, o que é o glúten?

O glúten é uma proteína vegetal presente no trigo, na aveia, no centeio, na cevada, no malte, e em todos os produtos que utilizam um desses ingredientes em seu preparo, como é o caso de bolos, pães, pizza e bebidas fermentadas, como a cerveja.

O consumo dessa proteína por pessoas com alergia ou celíacas desencadeia uma reação autoimune que danifica o revestimento do intestino delgado, causando diarreia, gases, inchaço e outros sintomas como irritabilidade, cãibras musculares, erupções na pele, anemia, além de um risco de desenvolver câncer intestinal. Mesmo quem nasce sem a doença, pode vir a enfrentar problemas mais tarde.

Quais os benefícios da dieta sem glúten?

Para pessoas com alguma das condições descritas acima, a eliminação do glúten na dieta é capaz de melhorar sintomas como diarreia, refluxo e cólicas intestinais. Também pode promover uma melhor absorção de nutrientes por parte do corpo, reduzindo assim a perda de peso acentuada e o risco de deficiências nutricionais.

Ademais, é possível reduzir inflamações do corpo (artrite, por exemplo), diminuir a fome e a compulsão alimentar e prevenir anemia e osteoporose.
Todas essas vantagens podem trazer ao paciente uma melhora significativa na qualidade de vida, o que também impacta positivamente os âmbitos social e emocional da pessoa.

Há quem diga, aliás, que a dieta sem glúten estimula uma alimentação mais natural e equilibrada, uma vez que itens como pães, massas, tortas e bolos costumam ser acompanhados de sal, açúcar, gordura e outros aditivos.

Por fim, a redução do inchaço também é outro benefício apontado por quem segue esse tipo de cardápio. Isso porque o glúten, ao ser digerido pelo organismo, pode liberar gás carbônico, gerando gases em excesso.

Alimentos permitidos na dieta sem glúten

  • Cereais: milho, arroz;
  • Farinhas: arroz, mandioca, milho, fubá, fécula de batata, fécula de mandioca, polvilho doce, polvilho azedo;
  • Gorduras: gordura vegetal, óleos, margarinas;
  • Laticínios: leite, manteiga, queijos, derivados;
  • Carnes e ovos: aves, suínos, bovinos, caprinos, miúdos, peixes, frutos do mar;
  • Castanhas e sementes;
  • Hortaliças e leguminosas: folhosas, legumes, tubérculos (feijão, cará, inhame, soja, grão-de-bico, ervilha, lentilha, batata, mandioca);
  • Frutas: todas, ao natural e sucos.

Leia também: Dieta sem glúten emagrece?

Farinhas sem glúten para substituir na dieta

dieta sem glúten

Uma das maiores dificuldades de quem segue uma dieta sem glúten é substituir a famosa e já conhecida farinha de trigo das mais diversas receitas. Como já explicado, o trigo contém a proteína vegetal, portanto, sua farinha (seja a refinada ou a integral) também carrega o composto.

Hoje, encontramos a farinha de trigo em diversas preparações: desde bolos e tortas a massas e pães. Então, como tirar o ingrediente e escolher alternativas sem glúten que sejam igualmente deliciosas? Confira, a seguir, algumas opções!

Mas atenção: apesar de todas as opções apresentadas não carregarem a proteína em questão, é muito importante ler o rótulo das embalagens antes de comprar. Isso porque alguns alimentos podem ser processados nas mesmas máquinas onde são feitos itens com glúten, o que leva à contaminação dos mesmos.

Farinha de amêndoas

A farinha de amêndoas é feita de amêndoas descascadas e moídas. Ela é usada em produtos de panificação e pode ser uma alternativa sem grãos à farinha de rosca.

Normalmente, pode ser substituída em uma proporção de 1:1 no lugar da farinha de trigo. Se você estiver assando com este tipo de farinha, use um ovo extra.

A farinha de amêndoas contém muitos minerais, incluindo ferro, magnésio, cálcio, potássio, cobre e manganês. Também é uma boa fonte de vitamina E e gordura monoinsaturada.

Farinha de amaranto

O amaranto é um pseudocereal que tem um sabor de terra e nozes e tende a assumir o sabor de outros ingredientes.

Pode substituir 25% da farinha de trigo, mas deve ser combinada com outras farinhas ao assar. O melhor uso desse tipo de farinha é para fazer torta e pão.

É rico em fibras, proteínas e micronutrientes, como manganês, magnésio, fósforo, ferro e selênio. Essas substâncias auxiliam na função cerebral, na saúde óssea e na síntese de DNA.

Farinha de arroz

O arroz também integra a lista de ingredientes que é utilizado para fabricar farinhas sem glúten.

Tem um sabor de noz e pode ser usada para engrossar molhos ou preparar alimentos à milanesa, como peixe, carne e frango.

Além disso, a farinha de arroz integral pode ser usada para fazer macarrão ou ser combinada com outras farinhas sem glúten para receitas de pão, biscoito e bolo.

Ela é rica em proteínas e fibras, o que pode ajudar a diminuir os níveis de açúcar no sangue e reduzir o peso corporal.

Também é fonte de ferro, vitaminas B, magnésio e manganês, além de compostos vegetais chamados lignanas, que ajudam a proteger o corpo contra doenças cardíacas.

Farinha de aveia

A farinha de aveia é feita com a aveia integral moída. Dá aos assados ​​mais sabor do que a farinha de trigo e resulta em uma textura mais crocante. Assar com farinha de aveia provavelmente tornará o produto final mais úmido.

A aveia contém um tipo de fibra solúvel chamada beta-glucana, que é capaz de trazer vários benefícios à saúde. Essa fibra pode ajudar a diminuir o colesterol LDL (o “ruim”), bem como os níveis de açúcar no sangue e a insulina.

Ela também é rica em nutrientes como proteínas, magnésio, fósforo, vitaminas do complexo B e o grupo antioxidante avenantramidas.

Farinha de milho

A farinha de milho está entre as farinhas sem glúten mais populares. Ela é uma versão moída do farelo de milho.

É espessante para líquidos e pode ser utilizada para fazer tortas e pães.

A farinha de milho vem nas variedades branca e amarela e pode ser combinada com outras farinhas sem glúten para fazer massa de pizza.

É rica em fibras e uma boa fonte de carotenoides, luteína e zeaxantina. Esses três compostos vegetais agem como antioxidantes e podem beneficiar a saúde ocular, diminuindo a degeneração macular relacionada à idade e reduzindo o risco de catarata.

Também oferece vitamina B6, tiamina, manganês, magnésio e selênio antioxidante.

Farinha de grão-de-bico

O grão-de-bico tem sabor de noz e textura granulada, e é popular na culinária indiana e do Oriente Médio. A farinha de grão-de-bico é matéria-prima para fazer falafel, homus e pão sírio.

É uma boa fonte de fibras e proteína à base de plantas. Esses nutrientes trabalham juntos para retardar a digestão, promover a saciedade e controlar o peso corporal.

Essa versão também é rica em minerais como magnésio e potássio, os quais desempenham um papel positivo na melhora da saúde do coração.

Farinha de coco

Feita a partir da fruta seca, a farinha de coco produz resultados semelhantes aos da farinha comum e é boa para assar pães e sobremesas — mas geralmente deixa um gosto bem característico, sendo mais indicada para preparações doces.

É rica em ácido láurico gordo saturado. Esse triglicerídeo de cadeia média pode fornecer energia ao corpo e ajudar a diminuir o colesterol LDL (o “ruim”) em combinação com seu teor de fibras.

A farinha de coco é uma boa opção para quem tem alergia a nozes e glúten.

Farinha de tapioca

Esta farinha atua como espessante em sopas, molhos e tortas e não possui sabor perceptível. Também pode ser utilizada em combinação com outras farinhas sem glúten nas receitas de pão.

Um benefício para a saúde da farinha de tapioca é o seu teor de amido resistente, que funciona como fibra.

Resistente à digestão, esse amido está ligado à melhora da sensibilidade à insulina, níveis mais baixos de açúcar no sangue, apetite reduzido e outros benefícios digestivos.

Farinha de mandioca

A farinha de mandioca é feita depois de ralar e secar vegetal. É livre de glúten, grãos e nozes. É mais parecida com a farinha branca e pode aparecer como substituta da farinha de trigo em receitas.

Tem um sabor neutro e é facilmente digerível. Também é mais baixa em calorias do que as farinhas de coco ou amêndoas.

A farinha de mandioca contém principalmente carboidratos. Semelhante à farinha de tapioca, fornece amido resistente, que oferece diversos benefícios ao sistema digestivo.

Leia também: Quinoa: Conheça os benefícios do superalimento

Itens a serem evitados na dieta sem glúten

  • Produtos derivados do trigo, do centeio e da cevada: biscoitos comuns, biscoitos com glúten, sonho, panqueca, macarrão, bolos, etc;
  • Sucos e frutas em calda industrializados sem indicação da composição no rótulo;
  • Verduras e legumes empanados, bolinhos, tortas e cremes contendo trigo, cevada ou centeio;
  • Milkshake e achocolatados sem indicação da composição no rótulo;
  • Carnes preparadas com trigo, cevada ou centeio (bife à milanesa, à dorê, suflês, etc).

É muito importante ler com atenção os rótulos das embalagens — elas devem informar ao consumidor se há a presença de glúten ou não. Isso porque alguns produtos podem parecer inofensivos para os celíacos, mas carregam a proteína em suas composições de alguma forma.

Um bom exemplo, como já explicamos no caso das farinhas, é o da aveia: ela naturalmente não tem a proteína, mas a maioria é contaminada por outros grãos ainda no processo de fabricação. Confira, então, outros ingredientes que podem esconder o composto:

Produtos que parecem não conter glúten, mas que podem ter

  • Conservas em geral (picles, cebola e pimentas): geralmente, esses alimentos são conservados em vinagre de malte;
  • Embutidos (salsicha, mortadela, presunto): alguns deles podem ser feitos a partir da trituração de carnes de animais misturadas a farinhas e pós de trigo. Esse método melhora o sabor e a textura dos alimentos;
  • Caldo de carne pronto: isso porque o glúten está presente nos grânulos que formam o pó;
  • Molho de soja: pode carregar até 50% da proteína em sua composição;
  • Molhos e temperos prontos: atente-se para o uso de ketchup, mostarda, molho inglês e maionese;
  • Guloseimas: balas e chicletes levam espessante de trigo;
  • Almôndegas e hambúrgueres congelados: uma vez que a farinha de trigo é utilizada para dar “liga”;
  • Batata frita congelada: é polvilhada com farinha de trigo antes de ir ao freezer;
  • Sorvetes: algumas marcas também usam espessante de trigo para garantir cremosidade aos produtos;
  • Sopas industrializadas e desidratadas: isso porque utilizam cereais;
  • Whisky, vodka e gin: são feitos com cereais destilados, processo que reduz consideravelmente a quantidade de glúten. Mesmo assim, alguns produtos podem ter ingredientes com a proteína adicionados;
  • Barras de proteína: uma vez que o glúten garante consistência e sabor;
  • Pó de café: algumas marcas carregam cevada. Por isso, para evitar problemas, priorize aqueles com selo de pureza ABIC (Associação Brasileira da Indústria de Café);
  • Alguns remédios: pois é, até os medicamentos não estão livres do glúten. Alguns comprimidos levam farinha ou amido de trigo.

Dieta sem glúten emagrece?

A associação que muitas pessoas fazem do glúten com inchaço não está errada. A retenção de líquidos muitas vezes é sinal de intoxicação. Ao retirar a ‘toxina’, o corpo desincha.

De toda forma, é importante esclarecer que o glúten isoladamente não é responsável pelo aumento de peso, e sim o consumo excessivo de alimentos que o contenham, como é o caso de pães, biscoitos, pizzas e bolos.

Sendo assim, as pessoas que emagrecem retirando o glúten da alimentação não estão emagrecendo pela exclusão dessa proteína, e sim, porque o consumo de calorias está menor.

Segundo o CRN (Conselho Regional de Nutricionistas) essa dieta só deve ser seguida por pessoas portadoras da doença celíaca, aquelas com sensibilidade ao glúten, glúten ataxia ou Síndrome do Intestino Irritável, nas quais há uma intolerância do organismo em relação ao glúten — o que pode ocasionar lesões na parede intestinal que podem resultar em deficiência na absorção de nutrientes.

Exemplo de cardápio na dieta sem glúten

Antes de irmos ao cardápio, vale lembrar que uma dieta ideal é aquela elaborada por um profissional e pensada de acordo com as suas características individuais (como sexo, peso, idade, condições existentes e objetivo). Não deixe de consultar o seu nutricionista.

Dieta sem glúten: café da manhã

  • Opção 1: 1 copo (200ml) de vitamina de abacate (abacate batido com leite de arroz ou leite desnatado. Se quiser, adoce com estévia ou 1 col/chá de açúcar demerara) + 1 tapioca funcional (prepare a massa com goma de tapioca e semente de chia e sirva com 1 camada fina de manteiga);
  • Opção 2: 1 panqueca de quinua com 1 col (sopa) de geleia de frutas vermelhas sem açúcar + 1 xíc de chá de gengibre e canela (ou outro chá de sua preferência);
  • Opção 3: 1 pote de iogurte natural desnatado (ou iogurte de soja) com 1 banana pequena picada, 5 morangos picados, 1 col (sopa) de granola sem glúten e 1 col (chá) de mel;
  • Opção 4: 1 copo de suco detox (2 folhas de couve batidas com 8 uvas vermelhas, 200ml de água de coco batidos e 1 pedaço pequeno de gengibre) + 1 fatia de pão de fôrma sem glúten com 1 col (sopa) de queijo cottage, 1 fio de azeite e ervas secas (orégano, tomilho);
  • Opção 5: 1 copo (200ml) de leite desnatado (ou leite de arroz) com canela + 1 ovo mexido com temperos termogênicos (açafrão, pimenta-do-reino) e pouco sal.

Lanche da manhã na dieta sem glúten

  • Opção 1: 1 xíc de chá de hibisco (ou outro chá de sua preferência) + mix de castanhas (1 noz-pecã, 2 castanhas de caju, 5 unidades de gojiberry + 1 col (sobremesa) de semente de abóbora sem sal);
  • Opção 2: 1 taça de frutas variadas com 1 col (sopa) de quinua em flocos (ou amaranto);
  • Opção 3: 1 xíc de chá verde (ou outro chá de sua preferência) + 1 barra de frutas secas (ou de sementes);
  • Opção 4: 1 xíc de chá mate (ou outro chá de sua preferência) + 4 minicenouras + 2 castanhas-do-pará;
  • Opção 5: suchá (suco + chá): bata 1 copo (200ml) de chá de camomila gelado com 1 lasca de gengibre e suco de 1 mexerica (ou laranja).

Dieta sem glúten: almoço

  • Opção 1: salada de folhas variadas (alface, agrião, rúcula) à vontade e rodelas de tomate + 2 col (sopa) de arroz integral + 1 filé médio (120g) de peixe no papelote com shimeji e brócolis + 1 fatia fina de abacaxi;
  • Opção 2: salada de folhas variadas à vontade com 2 col (sopa) de beterraba ralada + 2 col (sopa) de arroz integral + 1 concha pequena de feijão + 1 sobrecoxa (sem pele) assada com suco de laranja e alecrim;
  • Opção 3: salada de folhas variadas à vontade com rodelas de pepino e rabanete + 1 pegador de macarrão sem glúten (de milho ou grão-de-bico) com brócolis e alho + 1 filé médio (120g) de peito de frango grelhado + 1 fatia fina de melão;
  • Opção 4: salada de escarola cortada fininha à vontade com 1/2 xíc (chá) de melancia em cubos e 1 col (sobremesa) de gergelim tostado + 1 batata-doce pequena assada com a casca e alecrim + 1 filé médio (120g) de carne vermelha (alcatra, maminha) grelhada com rodelas de alho-poró + 1 laranja pequena;
  • Opção 5: salada de folhas variadas à vontade com 6 tomates-cereja, 4 mussarelas de búfala pequenas e 2 azeitonas + omelete com cubos de peito de peru (ou seleta de legumes) + 1 ameixa vermelha.

Dieta sem glúten: lanche da tarde

  • Opção 1: 3 minibiscoitos de arroz integral com pasta de grão-de-bico (homus) + 1 fatia média de melão;
  • Opção 2: 1 pote de iogurte de fruta light com 1 col (sopa) de semente de chia (ou linhaça);
  • Opção 3: 1 banana assada com canela (ou cacau em pó);
  • Opção 4: 1 pote de iogurte grego zero (ou sem açúcar) com cacau em pó e 1 col (sobremesa) de granola sem glúten;
  • Opção 5: 1 barra de frutas secas sem glúten.

Jantar na dieta sem glúten

  • Opção 1: 3 col (sopa) de tabule de quinua (quinua cozida e misturada com pepino, tomate e cebola em cubos e salsa picada, azeite e sal) + 1 filé pequeno (100 g) de frango grelhado e polvilhado com temperos termogêncios (açafrão, pimenta-do-reino);
  • Opção 2: 1 prato (fundo) de sopa de abóbora com gengibre e frango desfiado servida com croutons sem glúten (opcional);
  • Opção 3: salada de folhas variadas à vontade + omelete com seleta de legumes (ou 1 fatia de quiche de champignon);
  • Opção 4: 1 missoshiro com tofu + 1 temaki de salmão (ou 1 wrap sem glúten com creme de abacate);
  • Opção 5: 1 prato (fundo) de sopa de lentilha com quinua servida com croûton sem glúten (opcional).

Dieta sem glúten: ceia

  • Opção 1: 1 xíc de chá de maracujá com limão e gengibre + 1 torrada de abóbora com queijo cottage light;
  • Opção 2: 2 col (sopa) de abacate (se quiser adoce com 1 fio de mel);
  • Opção 3: 1 pote de iogurte grego zero (ou sem açúcar) com canela;
  • Opção 4: 1 xíc de chá de camomila (ou melissa) + 3 minicookies sem glúten;
  • Opção 5: 1 banana pequena aquecida com 1 fio de mel (ou agave).

Leia também: Glúten pode afetar a pele e causar acne?

Receitas sem glúten

dieta sem glúten

Uma característica da dieta sem glúten é a criatividade: afinal, é preciso saber adaptar diferentes receitas para excluir a proteína da alimentação.
Isso porque o glúten tem funções importantes em algumas preparações. Ele, por exemplo, é o responsável por fazer o bolo “crescer”, além de deixar a massa do pão mais elástica (para ser trabalhada) e ao mesmo tempo resistente (para não quebrar quando esticada).

É por isso que, inicialmente, os primeiros produtos sem o ingrediente costumavam ser mais “ressecados” e com um gosto diferente. Contudo, e felizmente, hoje já existem inúmeras receitas tão macias e deliciosas quanto as tradicionais. Confira as mais pesquisadas:

Receita de pão sem glúten

Ingredientes:

  • 11 col (sopa) cheias de farinha de arroz;
  • 50g de polvilho doce;
  • 4 col (sopa) de fécula de batata;
  • 3 ovos;
  • 2 col (sopa) de óleo de soja;
  • 2 copos de água;
  • 3 envelopes de fermento biológico instantâneo;
  • 2 col (sopa) de açúcar.

Modo de preparo:

Primeiramente, coloque no liquidificador o fermento biológico, o açúcar e a água levemente aquecida. Então, ligue o liquidificador e acrescente o restante dos ingredientes, batendo por cerca de 15 minutos.

Por fim, unte uma forma para pão (uma grande ou duas pequenas), distribua as massas e leve para assar no forno ainda frio, retirando quando estiver dourado.

Receita de bolo sem glúten

Ingredientes:

  • 2 ovos;
  • 1 col(sopa) de leite em pó desnatado;
  • 2 col (sopa) de farelo de aveia;
  • 2 col (sopa) de aveia em flocos finos;
  • 1 col (sopa) cheia de açúcar refinado (ou qualquer adoçante culinário de sua preferência, só lembre de respeitar a proporção);
  • 1 potinho de iogurte natural desnatado;
  • 2 col (café) de bicarbonato de sódio;
  • 1 + 1/2 col (chá) de fermento em pó químico;
  • 1 col (sopa) de cacau em pó.

Modo de preparo:

Primeiramente, bata bem os dois ovos e o leite em pó. Então, acrescente o iogurte e os demais ingredientes na seguinte ordem: farelo, aveia, açúcar, cacau, bicarbonato e, por último, o fermento em pó. Em seguida, bata até a massa formar espuma. Por fim, despeje em um refratário e leve ao forno a 160ºC até assar por completo.

Pão integral sem glúten

Ingredientes:

  • 500g de farinha de arroz integral;
  • 1 envelope de fermento biológico seco (10g);
  • 3 col (sopa) de azeite de oliva;
  • 1 col (chá) de sal (colher rasa);
  • 400ml de água morna.

Modo de preparo:

Primeiramente, coloque a farinha de arroz e o fermento em um recipiente e misture. Então, adicione o azeite de oliva, o sal e a água aos poucos (enquanto mistura tudo). Em seguida, sove a massa por 10 minutos e deixe descansar por duas horas.

Por fim, depois de descansada, amasse a massa um pouco, transfira para uma forma (no formato que quiser) e deixe descansar por mais 30 minutos. Assim, asse em forno preaquecido a 200°C até dourar.

Sobremesa sem glúten: pudim

Ingredientes:

  • 1 xíc de açúcar de coco (para a calda);
  • 1/2 xíc de chá de água quente;
  • 6 ovos;
  • 1 xíc (chá) de xylitol;
  • 200ml de leite de coco;
  • 200ml de creme de arroz (encontrado em lojas de confeitaria);
  • 1 col (chá) de extrato de baunilha.

Modo de preparo:

Primeiramente, para a calda, derreta o açúcar até dourar, adicione a água aos poucos e vá mexendo bem até engrossar — despeje em uma forma com furo no meio e reserve.

Então, bata no liquidificador todos os ingredientes do pudim e leve ao forno preaquecido a 180°C em banho-maria (por cerca de uma hora). Por fim, leve à geladeira por pelo menos quatro horas antes de desenformar.

Obs: se você não encontrar creme de arroz, pode dobrar a quantidade de leite de coco, mas o tempo no forno aumentará bastante.

Pão de batata sem glúten

Ingredientes:

  • 1 + 1/2 xíc (chá) de farinha de arroz;
  • 4 col (sopa) de óleo;
  • 1 ovo e mais 1 gema para pincelar;
  • 1 col (chá) de açúcar demerara;
  • 1 col (chá) de sal;
  • 1 xíc (chá) de batata cozida;
  • 1 xíc (chá) de polvilho doce;
  • 1 col (sobremesa) de fermento biológico seco;
  • 1/3 de xíc (chá) de água morna (aproximadamente).

Modo de preparo:

Primeiramente, em uma vasilha, coloque o óleo, o ovo, o açúcar e o sal e misture. Então, acrescente a batata cozida à mistura e, depois, a farinha de arroz e o polvilho doce. Assim, incorpore o fermento e a água, amassando até obter uma massa lisa.

Em seguida, reserve por cerca de 40 minutos, para crescer, e na sequência molde os pãezinhos. Por fim, disponha-os numa assadeira untada e enfarinhada, reserve por mais 20 minutos, pincele com o ovo e leve ao forno preaquecido a 180ºC para assar por cerca de 35 minutos.

Pizza sem glúten

Ingredientes:

  • 3 ovos;
  • 1/2 xíc de azeite;
  • 1 col (sopa) de fermento em pó químico;
  • 2 col (café) de sal;
  • 270g de farinha de arroz;
  • 1 xíc de água;
  • Recheios de sua preferência.

Modo de preparo:

Primeiramente, leve todos os ingredientes da massa para uma batedeira, bata e divida em duas assadeiras redondas. Então, asse em forno preaquecido a 180°C, mas retire antes de dourar. Por fim, recheie como preferir e retorne ao forno até dourar.

Torta sem glúten

Ingredientes:

  • 2 xíc de farinha de arroz;
  • 1/2 xíc de fécula de batata;
  • 1/2 xíc (chá) de polvilho doce;
  • 3 ovos;
  • 400ml de leite semi desnatado;
  • 100ml de azeite;
  • 3 col (sopa) de queijo parmesão ralado;
  • 200g de cogumelos frescos de sua preferência.

Modo de preparo:

Primeiramente, bata a farinha, a fécula, o polvilho, os ovos, o leite e o azeite no liquidificador até obter uma mistura homogênea.

Então, pique e doure os cogumelos em uma frigideira rapidamente. Em seguida, despeje metade da massa em uma assadeira untada, coloque os cogumelos e complete com o restante da massa. Por fim, finalize com o queijo ralado e leve para assar a 200°C até dourar.

Referência

Conselho Regional de Nutricionistas, Dieta sem glúten;

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