Dieta de eliminação: O que é e quem precisa fazer

Alimentação Bem-estar
28 de Novembro, 2019
Dieta de eliminação: O que é e quem precisa fazer

Intolerâncias e sensibilidades alimentares são extremamente comuns. De fato, estima-se que entre 2 e 20% das pessoas em todo o mundo possam sofrer de intolerância relacionada a algum alimento. 

Assim, a dieta de eliminação é peça-chave para identificar intolerâncias, sensibilidades e alergias que surgem por meio da alimentação. A metodologia consiste em remover certos alimentos que causam sintomas desconfortáveis ​​e os reintroduzir posteriormente, enquanto se testam os sintomas.

Alergistas e nutricionistas vêm usando a dieta de eliminação há décadas para ajudar pessoas a descartar ingredientes que não são bem tolerados.

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Como é feita a dieta de eliminação

O plano dura apenas cinco ou seis semanas e é usado para ajudar pessoas com problemas como intestino sensível, intolerância ou alergia alimentar a identificar quais substâncias estão contribuindo para seus sintomas. Dessa forma, uma dieta de eliminação pode aliviar inchaço, gases, diarreia, constipação e náusea.

Então, depois de identificar com êxito um alimento que o corpo não tolera bem, é possível removê-lo da dieta para evitar sintomas desconfortáveis ​​no futuro.

Existem muitos tipos de dietas de eliminação, que envolvem comer ou remover certos tipos de alimentos. No entanto, quem tem uma alergia alimentar conhecida ou suspeita deve seguir o protocolo sob a supervisão de um profissional médico. Pois, a reintrodução de um alérgeno alimentar pode desencadear uma condição perigosa chamada anafilaxia. 

Além disso, é importante observar que as dietas de eliminação devem ser feitas apenas a curto prazo, já que restrições a longo prazo podem causar deficiências nutricionais.

Uma dieta de eliminação é dividida em duas fases: eliminação e reintrodução.

Fase de eliminação

A fase de eliminação envolve a remoção de alimentos que você suspeita desencadear sintomas por um curto período de tempo, geralmente de duas a três semanas.

Normalmente, alguns desses alimentos incluem oleaginosas, milho, soja, laticínios, frutas cítricas, hortaliças, trigo, alimentos que contêm glúten, carne de porco, ovos e frutos do mar.

Contudo, se os sintomas ainda persistirem após a remoção dos alimentos é melhor notificar um médico.

Fase de reintrodução

A próxima fase é a de reintrodução, na qual você devolve lentamente os alimentos eliminados à rotina.

Cada grupo de alimentos deve ser incorporado individualmente, durante dois ou três dias, enquanto se procura sintomas. Alguns sintomas a serem observados incluem:

  • Erupções cutâneas e alterações da pele;
  • Dor nas articulações;
  • Dores de cabeça ou enxaquecas;
  • Fadiga;
  • Dificuldade em dormir;
  • Mudanças na respiração;
  • Inchaço;
  • Dor de estômago ou cãibras;
  • Mudanças nos hábitos intestinais.

Caso não se apresente sintomas durante o período em que reintroduz um grupo de alimentos, pode assumir que é permitido comer e seguir para o próximo grupo. Contudo, se surgirem sintomas negativos como os mencionados acima, o alimento desencadeador deve ser removido da dieta.

O que você não pode comer em uma dieta de eliminação?

As melhores dietas de eliminação são as mais restritivas. Com isso, quanto mais alimentos remover durante a fase de eliminação, maior será a probabilidade de descobrir o que desencadeia sintomas desconfortáveis.

Os alimentos geralmente removidos durante a fase de eliminação incluem:

  • Frutas cítricas: Evite frutas como laranja e limão;
  • Oleaginosas e sementes: Elimine todos os tipos;
  • Alimentos ricos em amido: Trigo, cevada, milho, centeio, aveia e pão. Evite também outros alimentos que contenham glúten.
  • Carne e peixe: Carnes processadas, frios, carne bovina, frango, porco, ovos e mariscos;
  • Produtos lácteos: Todos os laticínios, incluindo leite, queijo, iogurte e sorvete;
  • Gorduras: Evite manteiga, margarina, óleos hidrogenados e maionese;
  • Bebidas: Fique sem beber álcool, café, chá preto, refrigerante e outras fontes de cafeína;
  • Especiarias e condimentos: Molhos, condimentos e mostarda;
  • Açúcar e doces: Corte açúcar, mel, xarope de bordo, xarope de milho, néctar de agave, sobremesas e chocolate.

Outros tipos de dietas de eliminação

Além da dieta tradicional de eliminação descrita acima, existem vários outros tipos. Conheça alguns:

  • Dieta com baixo índice de FODMAPs: Remove os FODMAPs, que são carboidratos que algumas pessoas não conseguem digerir.
  • Eliminação de poucos alimentos: Envolve comer uma combinação de alimentos que você não come regularmente. Um exemplo é a dieta de cordeiro e peras.
  • Dieta rara de eliminação de alimentos: Semelhante à dieta de poucos alimentos, mas você só pode comer alimentos que raramente consome, pois são menos propensos a desencadear sintomas. Alimentos comuns em uma dieta alimentar rara incluem inhame e  carambola.
  • Eliminação por jejum: A estrita ingestão de água por até cinco dias e reintrodução de grupos de alimentos. Este tipo de dieta só deve ser feito com a permissão de um médico, pois pode ser perigosa para a saúde.

Outras dietas de eliminação: Incluem dietas sem lactose, sem açúcar, sem glúten e sem trigo, entre outras.

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