Como medir o colesterol bom para prever risco de doenças

Alimentação Bem-estar
07 de Julho, 2020
Como medir o colesterol bom para prever risco de doenças

É possível medir o colesterol bom a fim de prever as chances de derrame ou ataque cardíaco, segundo uma recente análise. Desenvolvido por cientistas da Universidade de Groningen, na Holanda, o estudo analisou a relação entre o chamado colesterol bom (HDL) e como seu nível pode demonstrar o risco de problemas de saúde.

Como medir o colesterol bom?

Basicamente, o que conhecemos como colesterol bom é o HDL, lipoproteínas de alta densidade. Elas são conhecidas dessa forma pois ajudam a prevenir a obstrução dos vasos sanguíneos, sendo capaz de retirar ateromas das artérias. As ateromas são placas de gordura que se acumulam na parede dos vasos.

Dessa forma, o HDL é capaz de prevenir problemas graves que afetam a saúde cardiovascular e podem levar à morte. Por exemplo, um ataque cardíaco, causado pelo bloqueio de uma artéria coronária, ou um AVC, acidente vascular cerebral, mais conhecido como derrame.

Em contrapartida, o LDL (lipoproteína de baixa densidade), mais conhecido como colesterol ruim, provoca o aumento da pressão arterial, entre outras comorbidades. Isso ocorre porque o LDL tende a entupir e endurecer as artérias, enquanto o HDL transporta o LDL das artérias para o fígado para ser eliminado do corpo. O HDL também protege contra danos aos vasos sanguíneos.

Assim, em geral, ter um HDL alto é saudável, enquanto ter um LDL alto está associado a um risco aumentado de doenças, incluindo problemas cardíacos. 

Leia também: O que é gordura trans e porque você deve evitá-la

Diferentes formas de medir o colesterol bom

Tradicionalmente, para medir o colesterol bom, o nível de HDL é medido ao determinar a quantidade total de colesterol sendo carregada por partículas de lipoproteínas de alta densidade no sangue. No entanto, o estudo promovido pela universidade holandesa sugeriu que o ideal é medir a quantidade de partículas de HDL-P em vez de medir a quantidade de HDL-C – como costuma ser feito.

A razão para isso é que as partículas de HDL-P estão comprovadamente ligadas ao menor risco de doenças cardíacas, como comprovado no estudo realizado com a participação de mais de 15 mil pessoas. Todos os participantes passaram por extensos testes. Por fim, os cientistas concluíram que o nível adequado de HDL-P no sangue diminui a chance de derrame em 46%. No caso de ataque cardíaco, o risco diminui em 49%.

Alimentos que ajudam na hora de medir o colesterol bom

Há nutrientes que fazem o caminho inverso: controlam ou reduzem esse composto. Confira a seguir as melhores opções para incluir na dieta.

Aveia

A grande quantidade de fibras faz desse cereal um grande aliado na luta contra o colesterol ruim (LDL). Ao mesmo tempo em que é capaz de regular a síntese do composto vilão, consegue elevar o HDL, o colesterol do bem.

Abacate

O principal componente do abacate – chamado de ácido oleico – controla o acúmulo de LDL enquanto garante a circulação do HDL na corrente sanguínea. Entretanto, é bastante calórico, por isso, fique de olho na quantidade consumida diariamente. 

Leia também: Abacate: benefícios para a saúde e como incluir na dieta

Berinjela 

Um dos vegetais mais famosos quando se fala em reduzir os níveis de colesterol, já que possui uma quantidade significativa de fibras solúveis da berinjela.

Alho

O nutriente saponina, presente no alho, é responsável por diminuir o LDL. Por isso, fique à vontade para usar esse tempero todos em dias em suas preparações.

Salmão e atum

O recomendado é apostar nos peixes entre duas e três vezes por semana. Além de reduzir o consumo de carne vermelha (que aumenta o LDL), esse hábito garante a presença de ômega-3, ácidos graxos que reduzem o colesterol ruim. 

Azeite de oliva

Outra fonte importante de ácido oleico. Não apenas reduz o LDL, mas também controla a diabetes Tipo 2, já que reduz a taxa glicêmica dos alimentos. 

Leia também: Azeite de oliva e seus benefícios

Oleaginosas

Manter um consumo regular de oleaginosas, como nozes, castanhas e amêndoas, pode reduzir o colesterol ruim em até 5%. Apesar disso, por conterem muitas calorias, a indicação é ingerir, no máximo, 30 gramas por dia. 

Leia também: Alimentos que protegem o coração

Sobre o autor

Nathália Lopes
Estagiária de Jornalismo

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